CAPÍTULO 19
O Monólito Negro
De repente Rayzaki se viu indeciso. Ele não sabia se era melhor ficar ali ou sair e enfrentar o Touro-Cabeça-de-Leão.
Não importa o quanto ele poderia ser poderoso, enquanto não houvesse um meio para se proteger de espíritos, ele iria sempre sentir pavor de assombrações.
Se ao menos ele tivesse sal...
– Uhhh...
– Se bem que a curiosidade matou o gato... – Rayzaki murmurou dando meia volta. – Antes de correr algum risco, tenho que aumentar minha força para que isso não se repita novamente.
Ele olhou ao redor. Só havia ele e o touro que permanecia deitado como um predador o encarando.
– Ativar MacBot...
A cena familiar ocorreu mais uma vez. Uma rajada de ar misteriosa. Em seguida surgiu uma nevoa branca e espessa do chão. Em um piscar de olhos, um vortex surgiu do chão e dele, uma máquina de bolinhas dourada emergiu ficando de frente para Rayzaki.
– Fala sério...! – Rayzaki sussurrou ao encarar o touro. – Eu pensei que somente eu pudesse ver, mas... ele realmente pode vê-la?
O touro se levantou assustado e em alerta ao ver o estranho fenômeno. Em todas as fibras de seu corpo ele sentiu uma estranha sensação de perigo mortal. Era como se a morte pairasse ao redor daquela estranha “coisa”.
– Pelo menos foi um animal que a viu. Só tenho que tomar cuidado daqui pra frente pra ninguém ver.
Em seguida ele girou o trinco e algum momento depois em sua mão apareceu uma bolinha de cor azul.
(TING)
A Loja foi atualizada!
Você agora pode comprar na Loja.
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Rayzaki olhou o nome do personagem escrito em dourado na pílula e ele não estava feliz, pois o que ele mais temia aconteceu. Um personagem comum que ele nunca ouviu falar surgiu.
O único efeito da pílula foi aumentar em 200 a Energia e o HP. Ele suspirou sentindo um gosto amargo na boca. Ele nem podia sequer tomar uma segunda dose de uma pílula comum enquanto estiver amaldiçoado.
– Desta vez eu pisei feio na bola... – ele suspirou. Rayzaki se virou para a caverna. – Acho que não tenho outra opção além de verificar quem ou que quer que seja que esta lá dentro. Equipar...
Ele abiu uma janela e equipou um uniforme do aranha que o permite se camuflar desviando a luz dele o tornando assim invisível. Um uniforme de espionagem verde que desvia a luz e o som.
Com passos cautelosos, ele adentrou na caverna.
(TING)
Você entrou em uma masmorra oculta!
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Por uma semana, você ganhará 2x EXP.
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Os olhos de Rayzaki se esbugalharam em surpresa.
– Não achei que ate mesmo isso se tornou real. Pena que agora é inútil pra mim. Maldição, seu eu soubesse disto antes, talvez não teria feito tanta burrice.
Com um suspiro, ele continuou em frente.
Os gemidos ecoavam pela caverna dando a impressão de estar bem ao lado dele e ao mesmo tempo estar longe. Rayzaki engoliu seco antes de continuar.
Conforme ele foi entrando cada vez mais fundo, a luz do sol estava ficando mais fraca. Os gemidos pareciam estar cada vez mais fracos.
Dez minutos depois ele chegou em um impasse. Havia vários caminhos para prosseguir na caverna. Ao todo eram sete caminhos. Respirando fundo, ele seguiu o primeiro caminho a sua esquerda. Era o caminho exato do qual os gemidos viam.
Cada fibra de seu corpo lhe dizia para dar a meia volta. Em um certo momento os gemidos pararam.
Rayzaki continuou seu caminho com extrema cautela. Logo ele chegou ao final do caminho.
Muitas coisas se passaram pela cabeça de Rayzaki ao tentar imaginar a causa dos gemidos, mas nenhuma delas poderia se igualar com a verdade diante de seus olhos.
No fim do caminho havia um grande espaço. Havia um lago com um brilho de fios de energia preta de uma nascente atrás de uma rocha maior que ele. Um tipo de monólito preto como a noite com o mesmo brilho do lago e um ar místico. O monólito lhe dava uma estranha sensação de extinção, como se a qualquer o momento sua vida fosse deixar de existir.
Na margem do lago, havia alguém inconsciente com alguns espasmos. Era alguém que ele conhecia muito bem. Alguém que estava em um estado deplorável, mas de alguma forma conseguia se manter ligado a vida.
Foi como se seu coração fosse perfurado por uma espada. Rayzaki sentiu todo seu mundo ruir. Sem hesitação alguma, ele correu ate o moribundo.
– Raikon! Raikon! – ele chamou pelo seu irmão.
Raikon Zukar tinha vários hematomas por todo o corpo, várias costelas quebradas. Uma perna quebrada, o braço esquerdo quebrado. Um corte profundo de espada no peito. Era um milagre ele estar vivo.
Se fosse uma pessoa normal, ela teria morrido na hora, mas um cultivador tinha uma forte resistência e uma taxa de regeneração maior do que os mortais. Infelizmente isso não se aplicava a Rayzaki, já que qualquer melhoria em seu físico depende das habilidades adquiridas independente de seu nível.
Raikon parecia que não iria aguentar por muito tempo. Sem hesitação alguma, Rayzaki comprou várias pílulas-avatares.
– Espero que funcione... – ele rezou antes de colocar uma pílula por vez na boca do irmão.
Rayzaki deu a irmão 10 pílulas do primeiro vingador ao todo.
Diante de seus olhos ele testemunhou todos os ferimentos de Raikon curaram em uma velocidade astronômica. Quase uma hora depois Raikon estava sem nenhum ferimento.
Vendo o irmão ainda inconsciente, Rayzaki começou a se preocupar.
– Como ele ainda pode estar inconsciente? O que esta errado?
Ele murmurou se levantando e andando de um lado para outro com as mãos no cabelo. Desesperado, ele não hesitou em comprar mais pílulas. Desta vez ele comprou 10 pílulas do cabeça de teia e deu ao irmão.
Quando a ultima pílula foi dada, Rayzaki se afastou do corpo de Raikon que começou a tremer o fazendo se sentir mais desamparado como nunca. A tremedeira continuou por uns 5 minutos antes de vir a um fim brusco. Raikon continuou inconsciente, mas felizmente Rayzaki percebeu que seu irmão ainda respirava. Se ele ainda respirava, então ainda havia esperança.
Ele suspirou aliviado.
– Ele deve ter sofrido um trauma na alma, por isso deve levar algum tempo para ele recobrar a consciência. Espere que um dia você vai sofrer mil vezes mais que meu irmão, Draiko.
Agora que ele estava mais calmo, Rayzaki percebeu que aquela energia liberada pelo monólito não era comum. Parecia ter algum efeito em seu irmão. Notando isso, ele não hesitou em pegar Raikon e o afastar do lago o deixando próximo à entrada.
Depois disso, ele se levantou e dirigiu seu olhar mais atento no local.
Não havia uma única planta. Tudo o que havia era o lago e o monólito. Parecia que aquele lugar não recebeu a visita de um único ser vivo durante eras.
Como ele não era um cultivador, e sua habilidade de identificação estava selada, ele não podia sentir um Qi extremo de morte emanando do lago, e ainda mais concentrado e poderoso do monólito. Tudo o que ele podia sentir era uma leve sensação de perigo, ao qual ele relacionou ao touro lá fora e talvez alguma criatura em outra parte da caverna.
Vendo aqueles fios de luz emanando do lago e do monólito, uma ideia surgiu em sua cabeça.
– E se... Não custa nada tentar.
Com uma respiração funda, ele seu aproximou do lago e sentou na margem com as pernas cruzadas
– Ativar Iluminado. – ele murmurou.
E mais uma vez surgiu a imagem de Buddha ilusória e dourada atrás dele.
(TING)
Iluminado foi ativada:
Qualidade da Energia: Rank E
Maestria irar aumentar por cada Energia absorvida em: 0,0004%
Taxa de Absorção: 1
Energia Absorvida: 1
Maestria Adquirida (EXP): 0,0004%
Tempo Restante: 19... 18... 17... 16...
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Atenção, devido ao bônus especial dado pela descoberta de uma masmorra, a maestria será duplicada.
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Abaixo segue a classificação de cada Energia por Rank.
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Iluminado foi ativada:
Qualidade da Energia: Rank E (2x)
Maestria irar aumentar por cada Energia absorvida em: 0,0008%
Taxa de Absorção: 1
Energia Absorvida: 2
Maestria Adquirida (EXP): 0,0016%
Tempo Restante: 10... 09... 08... 07...
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Pra falar a verdade, ele não pensou que o bônus da masmorra também se aplicaria nas habilidades. Isso era um Jackpot.
Uma ideia ousada passou pela sua cabeça. E se ele entrasse no lago? Ao que lhe pareceu, a energia era mais densa dentro do lago, já que parecia que a energia vinha do monólito.
Com uma dose de coragem, ele desativou a habilidade e entrou no lago. Imediatamente ele sentiu seu corpo gelar. Uma fraqueza que jamais sentiu tomou conta de cada fibra de seu ser. Era como se ele fosse um balão de ar e alguém lhe fez um furo e ele começasse a murchar.
Ele viu as veias de sue braço se tornaram pretas como se fossem um sinal da morte.
Rayzaki sentiu que a própria morte veio lhe bater a porta. Seus olhos ficaram pesados, e tudo o que ele queria fazer era fechar os olhos e nunca mais abri-los.
Sentindo que ele estava sendo morto pela água daquele maldito lago, Rayzaki perdeu a língua pra retomar a consciência.
– Eu não passei por tudo isso pra morrer em um maldito lago! – ele exclamou e com toda a sua força de vontade, saltou fora do lago.
Na margem do lago, ele caiu deitado com sua respiração em pura desordem. Seu corpo parecia ter corrido uma maratona.
– Foi por pouco... – ele comentou enquanto olhava as veias de seu braço voltando ao normal. – Parece que envelheci alguns anos em apenas alguns segundos...
Sua pele estava ressecada e sem vida.
– Parece que vou ter que me contentar em absorver a energia daqui mesmo...
Antes de começar a absorver a energia do ambiente, ele abriu seu inventário e tomou cinco comprimidos refinados por um alquimista de seu clã. Sua pele voltou ao normal e ele se sentiu novo em folha depois de alguns segundos.
– Hora de aumentar o nível desta habilidade... Ativar Iluminado!
Obrigado pelo cap.
ResponderExcluirE lá vai ele enchendo o irmão de drogas tsk tsk.